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NARRAÇÃO DE HISTÓRIAS

A narração de histórias, prática exercida desde tempos imemoriais, diz respeito à capacidade do ser humano de comunicar suas experiências, transmitir valores, expressar seus desejos, medos e necessidades.

O reavivamento desta prática, nos moldes contemporâneos, assume um caráter artístico. Na narração de histórias, a relação estabelecida pelo olhar de quem conta e seus ouvintes é essencial. É o olhar o fio que conduz, o elo que liga o narrador à platéia.

Além disso, não há uma encenação e uma construção marcada de personagens, e sim uma narração de fatos que, embora possa ser exaustivamente ensaiada, se propõe a aparentar a mais perfeita simplicidade e naturalidade. É por isso que Shedlock* conclui que a narração de histórias “é a arte de esconder a arte”.

A narração de histórias pode complementar-se lançando mão da música, da dança, da poesia, da declamação, da mímica, das artes plásticas… Não existem regras fixas; alguns narradores utilizam objetos, outros preparam cenários e figurinos sofisticados, enquanto há aqueles que empregam somente a sua própria voz com grande maestria e são capazes de manter a audiência atenta por bastante tempo. Cada um determina a sua maneira de contar. Há contadores que se apresentam em grupos, duplas ou mesmo sozinhos.

A arte da narração de histórias pode ser desenvolvida em hospitais, escolas, bibliotecas, centros culturais, museus, teatros, empresas, cafés, livrarias, lojas de brinquedos, festas de aniversário, casamentos, reuniões familiares e onde mais houver pessoas interessadas em contar e ouvir uma boa história.

* SHEDLOCK, Marie. Da introdução de A arte de contar histórias. In: GIRARDELLO, Gilka. (Org.). Baús e chaves da narração de histórias. Florianópolis: SESC, 2004.


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